Chefe do banco central brasileiro: “Bitcoin é uma inovação financeira”.

Brasil: a terra da Amazónia, do carnaval, da exportação de carne e, mais recentemente, do bitcoin. O país sul-americano está cada vez mais empenhado em inovações no campo das moedas criptográficas. E este sector poderia ver ainda mais desenvolvimentos depois do chefe do banco central, Fabio Araujo, ter dito que Bitcoin é “uma inovação financeira”.

A aceitação no Brasil aumenta rapidamente

Passou menos de uma semana desde que escrevemos um artigo sobre a adopção do Bitcoin no Brasil. Na verdade, o país está 84% consciente do mundo criptográfico. Além disso, um banco brasileiro que introduziu moedas criptográficas aos seus clientes ganhou um milhão de novos utilizadores no espaço de um mês. Por isso parece que o país está a mover-se cada vez mais em direcção ao mercado de criptografia.

Talvez o país chegue ao ponto de introduzir o Bitcoin como moeda com curso legal. E se o chefe do banco central chama ao Bitcoin uma inovação financeira, será que ainda pode correr mal? Não se esperaria um elogio tão positivo sobre Bitcoin de um banco central tão rapidamente.

Pesquisa iniciada há 10 anos

É interessante que o director nos tenha dito que o banco central começou a pesquisar as propriedades do bitcoin há mais de 10 anos. Isto significaria que eles já estavam a pesquisar bitcoin quando a moeda tinha 3 anos. Nessa altura, o preço do BTC situava-se entre os $2.20 e os $10.

Pensa em quanto fomo estes investigadores devem ter (ou não) agora. Se eles fizeram bem a sua pesquisa, podem ter um pouco dela no seu portfolio.

“Começámos a acelerar esta [pesquisa] em 2009, com a introdução do Bitcoin e da tecnologia de base de dados distribuída que permite a criação da Web3. A aplicação Bitcoin traz a solução de prova de trabalho (PoW), que é fundamental para os serviços que a Web3 fornece à população”, disse ele.

Apesar da atitude positiva de Araujom, ele descarta o Bitcoin como moeda. Ele acredita que a volatilidade do mercado criptográfico é uma grande desvantagem deste nicho.

Uma ‘criptocurrency proprietária’ do Brasil (em colaboração com a Stellar)

No entanto, o director acredita que neste caso é necessária uma moeda digital do banco central, um CBDC (Central Bank Digital Currency). Esta é uma moeda que permanece igual ao euro, ao dólar, ao real ou a qualquer outra moeda fiat. Eliminaria a volatilidade, disse o director, e poderia servir como um meio de pagamento.

“Embora a CBDC use tecnologia que suporta criptografia, CBDC não é uma ‘verdadeira moeda criptográfica’. A CBDC é uma expressão do real dentro do ambiente em que as moedas criptográficas operam, tal como o real não compete com os activos listados”, acrescentou ele.

Araujo confirmou que a instituição está a estudar o CBDC e que são esperados resultados concretos em 2024. É também interessante notar que o CBDC brasileiro está a ser desenvolvido em colaboração com a Sterrar (XLM).

O director relata que um projecto-piloto estará provavelmente pronto em 2023, enquanto estava originalmente agendado para a segunda metade de 2022. Mas tais atrasos já não são invulgares na indústria da moeda criptográfica.

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