No início desta semana, apareceu um artigo no The Guardian a despejar uma montanha de críticas sobre a cidade hondurenha de Próspera, amiga de Bitcoin. The Guardian descreve a Próspera como um paraíso fiscal amigo de Bitcoin com casas luxuosas para as quais os habitantes locais estão a ser aproveitados.
Locais estão preocupados
Alguns residentes da vizinha Crawfish Rock estão preocupados com a possibilidade de serem despejados das suas casas por causa dos planos de expansão de Próspera. O artigo descreve a sede como parte de “uma paisagem danificada por um bulldozer e cheia de buracos profundos para as fundações da próxima fase de construção”, de acordo com The Guardian.
É mais um ataque à cidade de Bitcoin hondurenha que anteriormente viu as suas Zonas de Emprego e Desenvolvimento Económico (ZEDEs) serem revogadas pelo governo. De facto, este ato legislativo foi crucial para a Próspera funcionar como uma zona independente dentro das Honduras.
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— Nick Dranias (@NickDranias) July 6, 2022
O conselheiro geral de Próspera ou chefe do departamento jurídico, Nick Dranias, afirma que os artigos como o do The Guarden são um exemplo de um fluxo de mentiras e desinformação dos principais meios de comunicação social. Num artigo no Twitter, ele partilha “a verdade” sobre Próspera.
Um representante da Próspera diz que a relação com a comunidade local é realmente boa. “Temos uma relação fantástica com a comunidade local e somos o maior empregador da região”. Há apenas dois membros da comunidade que não gostam de nós e os meios de comunicação social só falam com esses dois”, disse o representante.
O conflito com o governo
Próspera tem estado em desacordo com o governo hondurenho desde que o ZEDE lei foi revogada pelo Presidente Castro em Abril. Após a lei ter sido revogada, o projeto teve 12 meses para se registar de outra forma. Próspera não tem apetite para isto.
No início de Junho, Próspera apresentou, portanto, um pedido para ainda manter o seu estatuto ZEDE, tal como acordado em 2017. Segundo Próspera, nesta base, tem um estatuto ZEDE válido por pelo menos mais 50 anos.
Num post de blogue datado de 4 de Junho, Próspera escreve que o não cumprimento do acordo por parte das Honduras resulta numa violação da lei internacional e hondurenha. Enviaria também uma mensagem de que nenhum investimento estrangeiro é seguro nas Honduras.
A empresa diz esperar que a arbitragem internacional possa ser evitada e que o governo decida cumprir o acordo ZEDE. Próspera planeia investir centenas de milhões de dólares no país nos próximos anos.